Eu bem insisto mas em Portugal falta fazer muito...

Fomos de férias até ao Gerês e num passeio com o objectivo de dar uso às solas dos sapatos fomos até à Portela do Homem pela Mata da Albergaria.

No verão para passar com o carro paga-se e no local onde está o guarda e um cobrador de portagens o diálogo foi o seguinte:

Eu: bom dia
Guarda: Bom dia, sabe que está a entrar numa zona de reserva integral e que cobramos 1,5€ pela passagem da viatura.
Eu: Sim senhor. Se deixar aqui o carro não pago nada?
G: Exacto. A ideia é proteger a mata, diminuir o tráfego automóvel e incentivar as pessoas a andarem a pé.
E: Mas isso é muito bom e por onde é que eu posso andar a pé?
G: ah, pela estrada.
E: mas assim vou-me cruzar com outros carros?
G: Pois, tem que ter cuidado...
E: Mas não existe nenhuma alternativa?
G: Há sim, tem ali a via romana.
E: Onde?
G: Lá em cima.
E: Mas onde exactamente?
G: eeehhh... não se vê daqui. Fica ali em cima. Temq ue dar a volta com o carro e subir.
E: Mas aqui não está assinalado.
G: Não, pois...
E: Mas vem no mapa? Têm algum mapa com essa alternativa assinalada?

G: Há mapas com isso marcado.
E: E têm aí algum?
G: Aqui não. Nós aqui não temos mapas.
E: Ah ok. Então é 1,5€ não é
G: É.
E: Obrigado e bom dia
G: Obrigado e boa viagem. Já sabe que não pode parar...

Comentários

Andre disse…
Fabulosa esta história.. Por vezes é apenas um pouco de falta de visão, mas acredito que uma carta a lembrar as pessoas responsáveis pelo parque (ou talvez o ministério do turismo) fizesse a diferença. Talvez não, mas acredito que talvez seja algo positivo.
Anónimo disse…
Concordo que é um pouco absurdo, no entanto, devo acrescentar que mais a baixo existe um museu com informação sobre a Geira Romana, que se estende por cerca de 300Km aliás!, e que também há um sítio que aluga bicicletas :) Também vale a pena visitar a aldeia submersa de Vilarinho das Furnas que só se pode ver quando a barragem está vazia (que também não se pode visitar de carro :p) Aqui uma foto: http://www.flickr.com/photos/niusdere/4078328875/in/photostream
binary solo disse…
Visito frequentemente o Parque e há muito que me habituei a esta ausência de tudo o que se vê lá fora em outros parques naturais e que se devia considerar essencial (como na história: um simples mapa por exemplo).

Tendo uma area enorme, tem apenas meia duzia de trilhos homologados e que não sao mantidos.

Salve-se aqueles que por teimosia ou carolice vão andando por lá e deixando na net as multiplas hipoteses de caminhos e trilhos extraordinarios que o Gerês apresenta.
Pé na estrada disse…
Pois aproveita e faz uma carta dirigida à direcção do Parque Nacional do Gerês e se puderes com conhecimento à Direcção Nacional do ICNB.
Mas fala com a vossa amiga que trabalha lá que ela diz-vos com quem devem contactar.
montanhacima disse…
Visitámos o referido museu que fica na Porta do Gerês onde está instalado o centro de informações do PNPG.

A simpatia dos funcionários é abaixo de zero e pior é que cobram 0,10€ por cada mapa com os percursos da Câmara Municipal de Terras do Bouro. No parque de campismo oferecem os mesmos mapas gratuitamente.

Informação sobre percursos no PNPG existe zero e os funcionários ainda sabem menos que eu.

Enfim.

O mudeu merece uma visita sim embora se paguem 2€ vale a pena.
CAP CRÉUS disse…
Sinceramente, não há desculpas.
São incompetentes, estão-se nas tintas e o PNPG há-de arder aos poucos e sem vigilância.
Onde param os que recebem o RSI, e os desempregados que poderiam muito bem andar a dar uma ajuda?!
sgs disse…
é sempre triste verificar que a situação não muda há anos e que é a mesma um pouco por todo o país (olha o parque da serra da estrela!). Aposto na carta, força nisso. Alguém há-de ler!

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