Circo 5 Lagunas - Gredos
Mais um fim de semana prolongado e mais uma escapadela de montanha.
Finalmente os astros estiveram na conjunção perfeita e permitiram a reunião de 4 amigos, bom tempo e boa vontade a caminho do Circo de 5 Lagunas na Sierra de Gredos.
Este era um dos percursos há muito planeado e muitas vezes adiado pois trata-se de uma zona da serra menos visitada e onde não existe refúgio, sendo por isso necessário visitá-lo em autonomia.
O percurso inicia-se em Navalperal de Tormes, uma povoação a 14 km oeste de Hoyos e é bem mais extenso do que o do Circo da Laguna Grande (Refúgio Elola).
Saímos do Fundão, terra fria por fora e quente nas gentes, às 6:00 em ponto enquanto o termómetro marcava 2ºC. Até soa estranho pois escrevo este texto de manga curta e com o ar condicionado ligado. Mas é assim. Lá para o interior, antes do sol estar cá fora faz frio que se farta.
Aterrámos em Navalperal às 10:00 espanholas, junto ao rio Tormes. A partir daqui só a pé.
Mapa da zona no início do percurso
David, Jorge e eu com a carga às costas
O percurso faz-se ao longo de um vale subindo lentamente. eu sei que olhava para o altímetro e via que a coisa havia de doer. Seriam 900 m de desnível no total e ao fim de 2 horas ainda faltavam quase 500 m.
Não tardou em chegar...
5 Lagunas: já só falta uma subida
As lagoas só se deixam ver já mesmo por baixo dos nosso narizes e depois de se subir bastante.
Primeira das 5 lagoas
Já com o ânimo e fôlego recuperados armámos as barracas junto à última lagoa bem em frente ao objectivo do dia seguinte.
O nosso Campo Base
E até o sol se esconder foi possível manter o corpo calmo pois assim que se escondeu atrás dos montes a temperatura baixou de tal modo que antes das 19:30 já estávamos a olhar para o tecto das tendas.
A montanha tem esta vantagem que permite fazer umas curas de sono forçadas.
Eu armado em Foto Rosel
Higienização
A noite teria sido tranquila não fora a típica poupança de peso ter obrigado alguns membros do grupo a trazer um saco de cama de verão e a passar uma noite, longa, a desejar que o sol voltasse. Nem com toda a roupa existente posta no corpo a coisa se resolveu.
Como se não bastasse o frio ainda fomos visitados por uma raposa que roubou o pequeno almoço ao Bruno obrigando o David a sair da tenda e re-arrumar tudo o que a bichinha tinha espalhado pelo campo fora.
Com o frio a dificultar o trabalho acabámos por arrancar novamente às 10:00.
Subimos o corredor da Portela de 5 Lagunas deixando para trás as 5 lagoas e o pequeno almoço do Bruno.
Vista das 5 lagoas desde a portela
Aqui já o Jorge andava solto a inventar caminhos e a sonhar com alternativas, esquecendo-se que levávamos connosco um atleta olímpico, nada mais nada menos, que o nosso melhor triatleta nacional, a Jóia do Nilo, como passou a ser conhecido.
Se por um acaso devolvêssemos a Jóia com alguma lesão corríamos o risco de vir a ser processados pelo comité Olímpico Nacional e ver os próximos jogos através de uma grades de ferro.
Para levarmos pelo menos um cume no currículum deixámos as mochilas no venteadero que nesse dia não fez justiça ao nome (em uma brisa por lá passou) e fomos até ao 2º pico mais alto de Gredos: a Galana.
Trata-se de um pico fácil mas com alguma exposição para o abismo que a sensatez obrigou a Jóia do Nilo a ficar sentado, a uma distância segura.
Daqui a descida fez-se em ritmo de cruzeiro até ao refúgio Elola.
Relax à porta do Refúgio Elola
A ideia era descer um pouco mais o vale para acampar já mais perto do local onde estavam os carros mas a recordação de uma noite fria e a proximidade de uma cama quente e mais confortável falou mais alto.
Acabámos por dormir no refúgio e confesso que foi das piores noites que lá dormi por causa do calor e do excesso de gente nos quartos.
A descida até aos carros durou cerca de 4 horas para acabar no tão desejado banho no rio Tormes e no típico bistec com batatas fritas e dois ovos estrelados da Bodeguilla.
Fica a promessa de um regresso invernal para saciar a vontade do Jorge.
Até breve...
Jóia do Nilo alerta para um ajuste de contas com
a delinquente que lhe tirou os cereais do pequeno almoço.
De notar que na mão esquerda estava um canivete suiço, bem afiado e pronto a sair do bolso!
Finalmente os astros estiveram na conjunção perfeita e permitiram a reunião de 4 amigos, bom tempo e boa vontade a caminho do Circo de 5 Lagunas na Sierra de Gredos.
Este era um dos percursos há muito planeado e muitas vezes adiado pois trata-se de uma zona da serra menos visitada e onde não existe refúgio, sendo por isso necessário visitá-lo em autonomia.
O percurso inicia-se em Navalperal de Tormes, uma povoação a 14 km oeste de Hoyos e é bem mais extenso do que o do Circo da Laguna Grande (Refúgio Elola).
Saímos do Fundão, terra fria por fora e quente nas gentes, às 6:00 em ponto enquanto o termómetro marcava 2ºC. Até soa estranho pois escrevo este texto de manga curta e com o ar condicionado ligado. Mas é assim. Lá para o interior, antes do sol estar cá fora faz frio que se farta.
Aterrámos em Navalperal às 10:00 espanholas, junto ao rio Tormes. A partir daqui só a pé.
Mapa da zona no início do percurso
David, Jorge e eu com a carga às costas
O percurso faz-se ao longo de um vale subindo lentamente. eu sei que olhava para o altímetro e via que a coisa havia de doer. Seriam 900 m de desnível no total e ao fim de 2 horas ainda faltavam quase 500 m.
Não tardou em chegar...
5 Lagunas: já só falta uma subida
As lagoas só se deixam ver já mesmo por baixo dos nosso narizes e depois de se subir bastante.
Primeira das 5 lagoas
Já com o ânimo e fôlego recuperados armámos as barracas junto à última lagoa bem em frente ao objectivo do dia seguinte.
O nosso Campo Base
E até o sol se esconder foi possível manter o corpo calmo pois assim que se escondeu atrás dos montes a temperatura baixou de tal modo que antes das 19:30 já estávamos a olhar para o tecto das tendas.
A montanha tem esta vantagem que permite fazer umas curas de sono forçadas.
Eu armado em Foto Rosel
Higienização
A noite teria sido tranquila não fora a típica poupança de peso ter obrigado alguns membros do grupo a trazer um saco de cama de verão e a passar uma noite, longa, a desejar que o sol voltasse. Nem com toda a roupa existente posta no corpo a coisa se resolveu.
Como se não bastasse o frio ainda fomos visitados por uma raposa que roubou o pequeno almoço ao Bruno obrigando o David a sair da tenda e re-arrumar tudo o que a bichinha tinha espalhado pelo campo fora.
Com o frio a dificultar o trabalho acabámos por arrancar novamente às 10:00.
Subimos o corredor da Portela de 5 Lagunas deixando para trás as 5 lagoas e o pequeno almoço do Bruno.
Vista das 5 lagoas desde a portela
Aqui já o Jorge andava solto a inventar caminhos e a sonhar com alternativas, esquecendo-se que levávamos connosco um atleta olímpico, nada mais nada menos, que o nosso melhor triatleta nacional, a Jóia do Nilo, como passou a ser conhecido.
Se por um acaso devolvêssemos a Jóia com alguma lesão corríamos o risco de vir a ser processados pelo comité Olímpico Nacional e ver os próximos jogos através de uma grades de ferro.
Para levarmos pelo menos um cume no currículum deixámos as mochilas no venteadero que nesse dia não fez justiça ao nome (em uma brisa por lá passou) e fomos até ao 2º pico mais alto de Gredos: a Galana.
Trata-se de um pico fácil mas com alguma exposição para o abismo que a sensatez obrigou a Jóia do Nilo a ficar sentado, a uma distância segura.
Daqui a descida fez-se em ritmo de cruzeiro até ao refúgio Elola.
Relax à porta do Refúgio Elola
A ideia era descer um pouco mais o vale para acampar já mais perto do local onde estavam os carros mas a recordação de uma noite fria e a proximidade de uma cama quente e mais confortável falou mais alto.
Acabámos por dormir no refúgio e confesso que foi das piores noites que lá dormi por causa do calor e do excesso de gente nos quartos.
A descida até aos carros durou cerca de 4 horas para acabar no tão desejado banho no rio Tormes e no típico bistec com batatas fritas e dois ovos estrelados da Bodeguilla.
Fica a promessa de um regresso invernal para saciar a vontade do Jorge.
Até breve...
Jóia do Nilo alerta para um ajuste de contas com
a delinquente que lhe tirou os cereais do pequeno almoço.
De notar que na mão esquerda estava um canivete suiço, bem afiado e pronto a sair do bolso!
Comentários
sem mais nada a acrescentar
miguel, o mais poderoso de todos, o taborda
A família do seu autor também consulta este blog e poderá ficar escandalizada com as comapnhias...
toma: assim já não sou o único puto (esta tem a ver com a conversa oh Daniel, viste esta associação de ideias?! sou tão esperto!!)
Excelente reportagem, Obi. Gostei particularmente da fotografia do canino Le Davi a 'escovar' a dentuça e do nome artístico de Bruno 'Zé' Pais.
Beijoquinhas bem gordas.
Já comentei no blogue da tua dama e vinco uma vez mai a ideia ... Bolas que tu tens um filho 'irritantemente' lindo, pah!