Viva o cozido à portuguesa
Não resisto a fazer aqui algumas denúncias sobre as fraudes que se andam para aí a anunciar. Já não é a primeira vez que vou a um restaurante que está na moda anunciando algum exotismo e que se preocupa mais com aquilo que se diz do que com o que se come.
Desta vez foi um tal de restaurante russo o BOLCHOI, que fica na rua da Cruz dos Poiares, na zona de S. Bento.
É famoso pela dona, russa e que muda de roupa 4 vezes por noite. Uma mulher completamente histérica, que grita com os clientes com o sotaque russo que utiliza como imagem de marca mas que não passa disso. Teria muita graça e seria um local a visitar se não se tratasse de um local onde, supostamente se vai para jantar. Agora parece que é moda criar espaços, pôr-lhes nomes estrangeiros e chamar-lhes restaurante. O problema é que um restaurante é um sítio onde se come e portanto onde deve haver comida, principalmente quando se pagam 18,5 € por pessoa.
É famoso pela dona, russa e que muda de roupa 4 vezes por noite. Uma mulher completamente histérica, que grita com os clientes com o sotaque russo que utiliza como imagem de marca mas que não passa disso. Teria muita graça e seria um local a visitar se não se tratasse de um local onde, supostamente se vai para jantar. Agora parece que é moda criar espaços, pôr-lhes nomes estrangeiros e chamar-lhes restaurante. O problema é que um restaurante é um sítio onde se come e portanto onde deve haver comida, principalmente quando se pagam 18,5 € por pessoa.
Para bebida não poderia faltar a famosa vodka, embora seja um sacrilégio chamar vodka ao licor de cereja da "loja dos trezentos" que se serve com o jantar.
A comida tem o sabor dos almoços servidos na cantina do técnico. Teria alguma graça se a ideia fosse recriar o ambiente de uma qualquer cantina de uma fábrica russa destinada ao proletariado. Agora duvido é que os operários russos pudessem pagar o que eu paguei.
A mesa, ou melhor, o conjunto de mesas que se juntaram dariam para 8 pessoas. Nada mau se nós não fossemos 14.
Nós somos portugueses e apreciamos a boa comida portanto, meus amigos, se querem abrir restaurantes estrangeiros façam-no com profissionalismo e principalmente com boa comida.
Perdoem-me os organizadores da coisa que sei que foi com boas intenções que o fizeram e principalmente aos recém casados, que pouco deu para conversar com eles.
Viva o cozido servido em travessas de inox, sobre toalhas de papel e copos riscados pela máquina de lavar loiça, com vinho servido em copos da Sumol mas que custa 6 €.
Comentários
É preciso avisar a malta desta bolchoisada. São os ex-bolcheviques a transformar-se em neo-capitalistas, á custa do pagode que vai na maré de novos sabores.
Vivó o cozido, mais o arroz de cabidela!
Sai uma sopa da pedra e um bacalhau com batata à rodela!
Saboreia o arroz doce polvilhado com canela!
Despacha a bolchoisada para o sitio dela!
Paimica