Crónicas da ilha grande: o grande olho
Picadilly Circus é uma das mais famosas praças de Londres onde tudo o que é turista e não turista passa. Torna-se difícil não passar por lá pois é, por excelência, o centro de Londres. Não tem grande graça e a quantidade de gente que circula na rua impõe um ritmo de gincana no nosso caminhar que roça o insuportável.
Não perdemos muito tempo para além do estritamente necessário a umas quantas fotos. Afinal íamos passar por aqui mais umas 5 vezes pois, como já referi, isto é o centro e é quase inevitável passar por lá.
16:30 – Para quem vive tão perto do mar e numa cidade tão talhada pela presença de um rio como é Lisboa torna-se impossível contornar a atracção que o rio “Thames” tem sobre nós e dirigimo-nos, quase sem perceber, ás suas margens.
É lá que, do outro lado, se avista o famoso grande olho, ou melhor, o Olho de Londres (London Eye). Uma roda gigante em aço, pintado de branco, com uns ovos da páscoa transparentes a andar à volta. Um olho de onde tudo se vê e se paga 18€ para estar 2 horas na fila e 30 min a andar à roda dentro de um dos ovos. Não fomos neste dia mas no dia seguinte cumprimos a tarefa de turista very tipical e lá fomos dar uma voltinha ao olho (a emoção não compensa o preço mas até se fazem umas fotos engraçadas lá de cima).
Passámos pela famosa ponte de Westmister e já o pôr-do-sol fazia cair sobre a cidade aquela luz mágica que faz as delícias de qualquer fotógrafo amador. O Big Ben e o parlamento ficaram bem na foto, não acham?
18:30 - Mais uns passeios por aqui e por ali e decidimos ir comemorar o aniversário da Ana a um qualquer restaurante da zona de Islighton.
20:00 – Como não podia deixar de ser caímos num restaurante iltaliano que era ao mesmo tempo uma mercearia de produtos para cozinhados italianos. Uma fatia de bolo de chocolate fechou a coisa em grande.
26/03/05
8:00 – Saímos do hotel à pressa pois convinha chegar cedo para que a visita o olho de Londres não fosse tomar o dia todo. Lá gastámos a massa quase toda e demos a voltinha de ovo. Acho que foi a primeira vez que viajei com a British Arways.
10:30 – Caminhámos pela margem esquerda do Thames rumo à Tate Modern. O edifício é digno de se ver. Resultou da reconversão de uma antiga central termo eléctrica e está fabuloso. A sala das turbinas foi a minha preferida, ora digam lá se não concordam?
Visitada a exposição permanente da Tate (que é grátis) continuámos o nosso périplo pela margem do rio e mais umas voltas por aqui e por ali vagueando um pouco sem destino ao sabor da vontade dos nossos pés.
15:30 – Decidimos ir ver a zona de Old Street mas ainda não tínhamos almoçado e o estômago estava todo encostado às costas. Voltas e mais voltas no autocarro vermelho e finalmente Old Street. Não sei porque é que aqui viemos mas aquilo estava deserto e tudo quanto fosse restaurante ou café estava fechado. O primeiro supermercado que encontrámos salvou-nos da fome. Comprámos duas sandes daquelas que já vêm embrulhadas de fábrica e que por acaso deveriam estar a passar de prazo pois estavam a metade do preço. Soube-nos que nem água no deserto e zarpámos dali para fora o mais depressa que pudemos.
17:00 – Por último fomos visitar a Tower Bridge e aqui fica o registo.
E antes que a chuva nos apanhasse entrámos num autocarro vermelho já com o motorista a gritar que não cabia mais ninguém e que tínhamos que sair. Nestas alturas eu só sei falar português e faço um sorriso de orelha a orelha como se não estivesse a perceber nada do que me dizem. Simpático o senhor, ainda há gente simpática nesta cidade.
20:00 – Jantámos na tal pizzaria turca em Nothing Hill e fomos, a esfregar a barriga de tão empanturrados, a pé, até ao hotel dando espreitadelas nas agitadas ruas e lojinhas que teimavam em não fechar pela noite dentro. Seria a nossa última noite em Londres e é, por fim, a última das crónicas da ilha grande.
Desculpem-me os mais entusiasmados mas isto tinha que acabar algum dia e já gastei muita letra a descrever uma viajem que só durou uma Páscoa e meia.
Até à próxima e... vão passando por cá.
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